Oncologia Cirúrgica em Aparelho Digestivo

ESÔFAGO, ESTÔMAGO, PÂNCREAS, FÍGADO, VIAS BILIARES, RETROPERITÔNIO E PERITÔNIO intestino delgado E COLORRETAL

Dra. Jordana Botelho de Carvalho Vilela

CRM: 16110 | RQE: 13875

Medicina

Cirurgia Geral

Oncologia Cirúrgica

Dra. Jordana Botelho.

Cirurgiã Oncológica dedicada à área do Aparelho Digestivo, em Goiânia-GO, especialista titular, membro de várias associações cientificas nacionais e com participação em associações científicas e jornais científicos internacionais.

Clique no botão abaixo e conheça as especializações:

O que nossos pacientes falam

Carlinda Guedes Cruzeiro
Read More
Excelente médica, muito atenciosa e prestativa. Uma profissional muito bem preparada. Cuidou muito bem de mim.
Léia Mascarenhas
Read More
Profissional muito prestativa disposta a ajudar! Sou do TO Entrei em contato e rapidamente consegui agendar uma consulta.
Isadora Araújo
Read More
Médica totalmente empática, sabe escutar e acolhe nossas queixas com atenção! Diagnóstico certeiro, tive uma ótima recuperação no pós operatório. Sem queixas do atendimento.
Pedro Lustosa
Read More
Ótima profissional! A Dra. Jordana Botelho é muito dedicada, muito atenciosa e educada. Consegue passar tranquilidade aos seus pacientes.
Helida Campos
Read More
Fui muito bem atendida pela dra. Jordana que, pacientemente, esclareceu todas as dúvidas que eu tinha sobre o procedimento cirúrgico, complicações e afins.
Michelle dos Santos
Read More
Excelente Profissional! Sabe ouvir o paciente e tem uma atendimento de qualidade e humanizado. Demonstra interesse e atenção a tudo que o paciente precisa.
Rodrigo
Read More
Ótima profissional, atendimento e cuidados com o paciente em toda sua consulta. De preocupa com todos detalhes. Super indico
Pedro Silveira
Read More
Doutora Jordana é muito atenciosa. Tem segurança ao passar as informações ao paciente. Bastante acessível. Recomendo.
Hamilton Santos
Read More
Ela é bem realista, foi atenciosa e explicou sobre a gravidade do meu caso, passou uma câmera no meu abdome para a biópsias e me encaminhou para a oncologista que irá fazer a quimioterapia.
Angela
Read More
Super amável e prestativa, esclarece todas as dúvidas. Te passa confiança. Consulta completa... ela realmente entende o que o paciente precisa numa hora tão complicada. Tempos que nao era tao bem atendida em um consultório médico.
Katiuce Bueno Pedroso Ferreira de Carvalho
Read More
Nao tenho palavras para expressar a gratidão que sinto, por Deus ter colocado a Dra. Jordana em minha vida! Se eu fosse escrever não caberia em papel nenhum do universo!!!! Ela foi meu porto seguro no momento em que eu estava sem chão, com medo, ansiosa e sem expectativas ... Sempre com palavras de ânimo, com verdade e fé me mostrou que há vida além do câncer. Ela é necessária nesse mundo. Que sorte a minha em tê-la como médica, através dela aprendi que "o melhor médico é aquele que mais esperança inspira". Eu amo sua vida, Jordana.
Desconhecido
Read More
Ela foi peça fundamental na recuperação da minha irmã muita atenciosa cuidadosa.
T.M.V.T.
Read More
A Dra Jordana é uma excelente médica, profissional de uma competência refinadissima. Trata seus pacientes com muito carinho e dedicação. Eu me sinto muito segura com seus encaminhamentos e decisões.
A.C.D.
Read More
A dr Jordana foi colocada por Deus em nossas vidas! Melhor médica que já conheci. Atenciosa, profissional, humana! Muito acessível e dedicada. Excelente! Recomendo a todos!!
Desconhecido
Read More
Começando pela as meninas da recepção foram muito atenciosas..E a Dra JORDANA foi de uma gentileza que me imprecionou super atenciosa.carinhosa a Dra JORDANA tem sido um anjo da parte do SENHOR em minha vida. Eu só tenho que agradecer valeu a pena ser atendida por ela...obg.
Francisca
Read More
ME chamo FRANCISCA e a Dra JORDANA BOTELHO EM todas as veses que estive no seu consultório ela sempre foi atenciosa comigo.
Desconhecido
Read More
Uma profissional de excelência, comprometida com o propósito da vida, se entrega por completo em todo atendimento é uma cirurgiã sem igual. Seu olhar o paciente além de uma ficha faz dela humana e a luta por um tratamento de dignidade e humanizado para cada paciente faz dela uma profissional única em meio a muitos. Tenho gratidão em ter recebido seu profissionalismo.
Herly Melo
Read More
Deus continue derramando bençãos, sobre a vida da dra. Jordana. Profissional com excelência, através da sua tranquilidade , transmite segurança ao paciente. Fiz cirurgia com ela e nunca senti dor.Tenho gratidão em ter recebido seu profissionalismo.
Teodora Maria Rodrigues Soares
Read More
Doutora Jordana pra mim é um anjo que Deus escolheu pra nós ajudar nessa luta ingrata contra o câncer. Doutora Jordana mulher dedicada, carinhosa,prestativa, psicóloga, exemplar e nos faz sentir que somos importantes pra ela e não só um paciente. Como disse no início um anjo enviado por Deus em nossas vidas.
Desconhecido
Read More
Quero agradecer a esta excelente profissional pela atenção dispensada com minha tia durante seu tratamento, que Deus continue te abençoando doutora em sua jornada de trabalho.
Previous
Next

Envie-nos o seu feedback

Conteúdos informativos

Tumores Neuroendócrinos Gastrointestinais

Tumores Neuroendócrinos Pancreáticos

Acompanhe nosso Instagram

Dúvidas frequentes

Sim. Unimed, IPASGO, Vivacom, Aetna e outros – veja com nossa secretária. Atendemos também particulares em nossos consultórios e temos cadastro para operar no Eisntein Goiânia, além de outros hospitais que aceitam mais planos de saúde.

Sim. Constipação pode ser por várias causas, desde uma simples mudança de ambiente, ou devido a alimentação, até causas metabólicas como hipotiroidismo e causas obstrutivas e tumorais.

Cada organismo tem o seu ritmo. O mais importante é a alteração recente, ou a associação com desconforto e outros sintomas, como sangramento, perda de peso, formato alterado. De forma geral. Mas em geral considera-se normal evacuar de 2 x ao dia até a cada 2-3 dias se isso não estiver incomodando a pessoa.

– É possível tratar sem remédios?

Sim, atividade física a alimentação balanceada e rica em fibras podem ajudar no tratamento da constipação crônica.

– Qual médico devo procurar para investigar uma constipação?

A maioria dos médicos recebe treinamento na faculdade para lidar com esse sintoma, mas se você busca um especialista, procure um coloproctologista, um cirurgião de aparelho digestivo ou gastroenterologista ou mesmo um cirurgião oncológico, como eu. Estamos aptos a te ajudar.

Até 1/3 dos cânceres do mundo podem ser prevenidos. Isso significa MILHÕES de vidas. Cada vida importa. Os fatores de risco relacionados a câncer são também  muito associados a causas cardiovasculares, que são a principal causa de óbito do mundo. Melhorando hábitos de vida, reduzido uso de carnes processadas, sal e açúcares na alimentação, tratando e diagnosticando infecções, podemos nos salvar de diferentes doenças.

Atendimento
62 99930-2503
Redes Sociais
Ed. CEMEG (Hemolabor) 6º andar
62 3605-6600
Honcord - Centro de Oncologia
62 3239-6600 / 99961-7702

Orgulhosamente desenvolvido por agência go!

plugins premium WordPress
MEDICINA

Me preparar para cuidar da saúde das pessoas não foi um caminho fácil, mas eu sou tão feliz e realizada quanto eu poderia desejar!!! Fazendo o que eu nasci pra fazer… tirando as doenças com as mãos em cirurgias possíveis… aliviando a dor física quase sempre com remédios… pedindo a Deus que alivie as dores da alma… mas com a certeza de que é sempre Ele agindo através da minha maior vocação: Ser médica.
“Não importa o que eu diga, no que eu creia ou o que eu faça: sem amor, estou falido.” (1Co 13:2b – Bíblia – Tradução A mensagem).

CIRURGIA GERAL

“Aquele que trabalha com as mãos é um artesão. Aquele que trabalha com o coração é um artista. Aquele que trabalha com as mãos, o coração e a mente é um cirurgião”.
J. Otávio Ruiz Speare
Um dia, no último ano da faculdade, depois de muito auxiliar um professor, secando com compressas e cortando fios, ele entregou o bisturi na minha mão e disse: – você já me viu fazer o bastante, hoje eu vou te guiar. Nesse dia eu fiz minha primeira incisão e, após terminar com uma dedicada sutura e um curativo, decidi que cirurgia seria o meu caminho na medicina.

ONCOLOGIA CIRÚRGICA

Após alguns anos de cirurgia geral, comecei a desejar ter pacientes que eu pudesse acompanhar por muito tempo.   Escolhi me especializar no cuidado de um tipo especial de paciente que me despertou admiração. Os pacientes oncológicos são valentes,  lutam em tratamentos às vezes prolongados, correm os riscos e enfrentam tudo como verdadeiros heróis disfarçados de doentes. Para cuidar deles, temos que nos aprimorar em ciência e esperança.  Após ter uma percepção geral em todas as áreas da oncologia cirúrgica (sinônimo de cancerologia cirúrgica, cirurgia oncológica), optei por concentrar meus estudos nas neoplasias que acometem o Aparelho Digestivo.

“Resiliência, inventividade e sobrevivência – qualidades muitas vezes atribuídas a grandes médicos – refletem qualidades que emanam primeiro daqueles que lutam contra as doenças e só então espelham aqueles que as tratam.” 
Siddhartha Mukherjee

Tumores Neuroendócrinos Gastrointestinais

Os tumores neuroendócrinos gastrointestinais do Trato gastrointestinal superior (TNEs) são tumores raros que são cada vez mais diagnosticados por endoscopistas. Eles fazem parte de um grupo de TNEs digestivos conhecidos como TNEs gastroenteropancreáticos, onde a incidência geral aumentou dramaticamente em todo o mundo. É reconhecido que parece haver um verdadeiro aumento na incidência, mas as lesões encontradas incidentalmente representam uma porção significativa desse aumento. Em tumores descobertos, lesões do estômago, duodeno e reto foram citadas como um forte fator contribuinte devido à frequência da endoscopia, incluindo o rastreamento.

 

TUMORES NEUROENDÓCRINOS GÁSTRICOS

Os G-NETs podem ser classificados em três subtipos: os g-NETs tipo 1, que são os mais comuns, ocorrem devido à hipergastrinemia no contexto de gastrite atrófica autoimune crônica; g-NETs tipo 2 também são causados por hipergastrinemia, mas isso ocorre no contexto de tumores secretores de gastrina, geralmente em pacientes com NEM-1 (Neoplasia Neurendocria Múltipla) e como parte da síndrome de Zollinger Ellison; nos g-NETS tipo 3, esses tumores são esporádicos e geralmente de alto grau com baixa diferenciação, mimetizando carcinoma gástrico. Diferenciar os subtipos de g-NETs é fundamentalmente importante, pois isso influencia as decisões de tratamento. Compreender que quase todos os g-NETs tipo 1 se comportam de maneira bastante indolente é tranquilizador, ao mesmo tempo em que é necessário ser crucialmente agressivo com os g-NETs tipo 3, pois esses tumores se espalham precocemente.

O grau de g-NETs é classificado em 3 categorias (não confundir com o subtipo), dependendo de duas medidas: a taxa mitótica relatada pelo número de mitoses por campo de alta potência (hpf) (Grau 1 [G1], 20 mitoses/10 hpf); e o índice de proliferação do Ki-67 que é descrito em porcentagem (G1, 20%). Quando ambas as medidas são obtidas, o maior valor é atribuído para graduar o g-NET daquele paciente. Além disso, a morfologia dos g-NETs pode frequentemente ajudar-nos a prever a biologia destes tumores.

Para g-NETs tipo 1, a recomendação atual das Sociedades Neuroendócrinas Europeias e Norte-Americanas favorece uma estratégia de vigilância para lesões pequenas e ressecção para aquelas que se aproximam de 1 cm. Alguns autores recomendaram uma política de ressecção endoscópica mais agressiva (ressecção de todas as lesões visíveis) mas isso decorre de uma análise retrospectiva local e iniciar a ressecção endoscópica para cada pequena lesão observada em casos de g-NET tipo 1 também pode acarretar alguma morbidade. Atualmente, não existem ensaios clínicos randomizados (ECR) que sugiram qual estratégia é preferível. Portanto, esta decisão deve ser individualizada, pode depender da disponibilidade de conhecimentos ou recursos locais e, geralmente, feita em parceria com o paciente. O intervalo de vigilância atual recomendado pela European Neuroendocrine Tumor Society é de 1 a 2 anos. Para g-NETs tipo 1 >1 cm, a ressecção endoscópica é amplamente recomendada na Europa. Na América do Norte, orientação para g-NETs >1 a 2 cm (2 cm, uma combinação de vigilância, ressecção(ões) endoscópica(s), se possível, ou cirurgia pode ser empregada. É importante observar que há relatos de recorrência de g-TNEs tipo 1 na maioria dos pacientes após ressecção endoscópica (até 63% em um acompanhamento médio de 8 meses)34 Para g-NETs tipo 1 que são muito grandes para ressecção endoscópica segura ou T2 previsto (ou doença nodal localizada), a ressecção cirúrgica é preferível e pode variar entre ressecção limitada (ressecção em cunha) até ressecção oncológica mais radical se houver presença de nódulos.
Para pacientes com TNEs tipo 2, o tratamento geralmente é ditado pela presença de outros TNEs no pâncreas e, muitas vezes, no duodeno, devido à sua associação com NEM-1. O tratamento dos TNEs pancreáticos muitas vezes tem precedência sobre os TNEs tipo 2, mas dada a complexidade de cada caso individual, o manejo e o planejamento do tratamento desses pacientes requerem avaliação multidisciplinar cuidadosa.
A ressecção cirúrgica é geralmente recomendada para TNEs tipo 3 devido à alta capacidade proliferativa e ao envolvimento nodal frequente no momento da apresentação clínica.
Quer esses G-NETs tipo 3 sejam bem ou mal diferenciados, a cirurgia oferece o melhor resultado de tratamento oncológico para doença localizada após estadiamento completo do tumor com EUS, TC e imagem de somatostatina (se bem diferenciada) ou 18F-FDG PET/CT se mal diferenciado.

 

NEUROENDÓCRINO DUODENAL TUMORES

Os D-NETs podem ser classificados em 5 tipos diferentes de tumores: d-NETs não funcionais (embora não estejam associados a uma síndrome clínica específica, esses tumores podem produzir serotonina ou calcitonina); paragangliomas gangliocíticos duodenais; NECs duodenais de alto grau e pouco diferenciados; gastrinomas duodenais; e somatostatinomas (os dois últimos produzem gastrina e somatostatina, respectivamente). Em termos gerais, é importante notar que 90% dos d-NETs não estão associados a uma síndrome clínica funcional e mais de 90% ocorrem na primeira ou segunda parte. do duodeno.

Para lesões suspeitas >1 cm, a confirmação por histologia e o estadiamento local preciso por EUS são geralmente recomendados antes de iniciar a EMR. Como os d-NETs suspeitos podem ser diminutos e aparecer com heterotopia gástrica circundante, uma descrição precisa do local e/ou marcação da biópsia deve ser documentada (por exemplo, parede anterior pós-piloro, teto do bulbo duodenal). Os D-NETs estão frequentemente localizados na mucosa e na submucosa, mas raramente podem se estender além da submucosa. O exame EUS é recomendado porque os d-NETs podem estar associada a metástases linfonodais regionais em até 40% a 60% dos casos, especialmente em casos de gastrinose duodenal. Da mesma forma, a EUS avalia o grau de envolvimento submucoso do d-NET e pode determinar a adequação para ressecção endoscópica. Assim como os g-NETs, os d-NETs aparecem como lesões hipoecóicas bem demarcadas na EUS. Durante a USE, deve ser realizada uma avaliação cuidadosa da mucosa gástrica em busca de danos relacionados à acidez, dobras gástricas hipertrofiadas e g-NETs concomitantes (anteriormente descritos na Fig. 2), se não houver relato prévio ou houver suspeita clínica de NEM-1. e a síndrome de Zollinger Ellison é apresentada. A EUS também permite que o pâncreas seja totalmente interrogado para detectar pequenos TNEs associados à MEN-1.
Todos os d-NETs esporádicos devem ser considerados para ressecção, a menos que comorbilidades médicas impeçam qualquer melhoria na sobrevivência global do paciente; ou na presença de metástases distantes. A ressecção endoscópica pode ser realizada em d-NETs pequenos não gastrinomas, excluindo metástases linfonodais por EUS ou outros estudos de localização tumorais. A cirurgia (ressecção local com linfadenectomia ou duodenopancreatectomia) é geralmente empregada para pacientes com gastrinomas duodenais ou grandes TNEs (geralmente >2 cm); d-NETs invadindo além da submucosa; metástases linfonodais; ou d-NET na região periampular. A vigilância após a ressecção de d-NETs pode depender de muitos fatores, como o protocolo de tratamento local, os recursos disponíveis e a acessibilidade de certas modalidades de imagem, especialmente fora dos centros terciários. Geralmente, a vigilância por endoscopia digestiva alta é recomendada sempre.
Após a ressecção endoscópica completa dos d-NET não funcionais, investigações de acompanhamento na forma de exame endoscópico, cromogranina A plasmática e ultrassonografia abdominal ou multi- TC de cortes, foram recomendados aos 6, 24 e 36 meses.18 Da mesma forma, a ressecção cirúrgica de d-NET, TC de múltiplos cortes, cintilografia com octreotida e cromogranina A plasmática são recomendadas aos 6 e 12 meses, depois anualmente por pelo menos pelo menos 3 anos.

Para d-NETs associados a uma síndrome funcional (<10 % dos casos ) deve ser iniciada terapia específica para aproropriada para excesso hormonal, como terapia SSA para tumor carcinóide; e tratamento com IBP para a síndrome de Zollinger Ellison.


Resumo do texto – FOCUSED REVIEW SERIES:
Endoscopic approaches to Neuroendocrine Tumors
Clin Endosc 2017;50:520-529
https://doi.org/10.5946/ce.2017.181
Print ISSN 2234-2400 􀂊 On-line ISSN 2234-2443
Diagnosis and Management of Upper Gastrointestinal
Neuroendocrine Tumors
Jun Liong Chin1 and Dermot O’Toole1,2
1Department of Gastroenterology, St. Vincent’s University Hospital, University College Dublin, Dublin, 2Department of Clinical Medicine,
Trinity College Dublin, The University of Dublin, Dublin, Ireland

Tumores Neuroendócrinos Pancreáticos

Os tumores neuroendócrinos pancreáticos (PNETs) compreendem um grupo heterogêneo de neoplasias decorrentes de células das ilhotas pancreáticas que permanecem relativamente raras, mas estão aumentando em incidência em todo o mundo. Embora avanços significativos tenham sido feitos nos últimos anos em relação às terapias sistêmicas para pacientes com doença avançada, a ressecção cirúrgica continua sendo o tratamento padrão para a maioria dos pacientes com tumores localizados. Embora a pancreatectomia formal com linfadenectomia regional seja a abordagem padrão para a maioria dos PNETs, as abordagens de preservação do pâncreas sem linfadenectomia formal são aceitáveis para tumores menores com baixo risco de metástases lindonodais.

Eles são relativamente raros, representando apenas 3% das neoplasias pancreáticas e 7% dos tumores neuroendócrinos (TNEs).2 No entanto, a incidência de PNETs, como todos os TNEs, está aumentando, provavelmente devido a uma combinação do uso mais difundido de imagens transversais e ultrassonografia endoscópica, bem como à maior conscientização entre médicos e patologistas.3 Embora os PNETs sejam comumente considerados mais indolentes do que seus adenocarcinoma ductal pancreático de contrapartida exócrina (PDAC) eles têm propensão a metastatizar para linfonodos regionais e locais metastáticos distantes, além de sua capacidade de exercer efeitos locorregionais devido à sua localização e tamanho.
Os PNETs são tradicionalmente classificados de acordo com seu grau e funcionalidade. A Organização Mundial da Saúde de 2017 atualizou sua classificação de PNETs em TNEs bem diferenciados e carcinomas neuroendócrinos pouco diferenciados (NECs) com base na morfologia do tumor, com estratificação adicional de TNEs bem diferenciados em graus 1-3 com base na proliferação Ki67 índice e índice mitótico por campo de grande aumento. Mesmo entre tumores bem diferenciados, os PNETs apresentam uma ampla gama de comportamento clínico e prognóstico. Além disso, os PNETs podem ser classificados como não funcionais (NF-PNETs) ou funcionais (F-PNETs) com base na sua capacidade de secretar hormônios característicos de síndromes clínicas bem reconhecidas.

Apesar de controvérsias, a linfadenectomia formal ou pelo menos a amostragem de linfonodos é geralmente recomendada pela maioria das diretrizes consensuais (Tabela 3). Na verdade, o uso de linfadenectomia no momento da pancreatectomia para PNETs tem aumentado constantemente ao longo do tempo.41 Quando a linfadenectomia é realizada, o número de linfonodos recomendados a serem ressecados tem sido objeto de vários estudos.
F-PNETs (funcionantes – ou seja, produtores de substâncias) (Tabela 4) podem ocorrer esporadicamente ou como parte de uma síndrome hereditária. De todos os F-PNETs, os insulinomas são os mais comuns, seguidos pelos gastrinomas. Glucagonomas. Somatostatinomas, VIPomas e outros tipos raros ocorrem com menos frequência. Os objetivos do manejo cirúrgico são semelhantes aos dos NF-PNETs com o objetivo adicional de melhorar os sintomas da superprodução hormonal.

Em geral, todos os F-PNETs esporádicos e localizados devem ser ressecados em pacientes saudáveis o suficiente para cirurgia. Os insulinomas têm baixo potencial maligno e, portanto, abordagens de preservação do pâncreas (por exemplo, enucleação) sem linfadenectomia de rotina são geralmente suficientes e estão associadas a altas taxas de cura bioquímica e baixas taxas de recorrência.

Para outros tipos de F-PNET, formal recomenda-se pancreatectomia com ressecção de linfonodos regionais. Por exemplo, a dissecção de linfonodos regionais para gastrinoma está associada à melhora da cura bioquímica e potencialmente à sobrevivência.

O papel da cirurgia para F PNETs não localizados, uma vez diagnosticada uma endocrinopatia funcional, uma situação que surge mais comumente para insulinoma ou gastrinoma, é mais controverso e continua a evoluir. Dada a sensibilidade das ferramentas de diagnóstico contemporâneas, incluindo tomografia computadorizada, ressonância magnética (MRI), ultrassonografia endoscópica, 71 Ga-DOTATATE-PET e outras ferramentas de localização (por exemplo, amostragem trans-hepática percutânea da veia porta, estimulação arterial com amostragem venosa ), evidências emergentes e opiniões de especialistas não apoiam mais o papel da exploração cirúrgica de rotina ou de ressecções pancreáticas às cegas para F-PNETs não localizados. A cirurgia para pacientes com F-PNETs não localizados deve ser limitada às instituições com ampla experiência em essas operações.

Os PNETs também podem surgir no contexto de uma síndrome hereditária, mais comumente neoplasia endócrina múltipla tipo 1 (MEN1).
Em geral, as indicações para ressecção em MEN1 refletem aquelas de PNETs esporádicos, exceto que um limite de tamanho mais alto é frequentemente usado para NF-PNETs em MEN1.

TRATAMENTO NEOADJUVANTE E ADJUVANTE
Embora PNETs bem diferenciados sejam cada vez mais diagnosticado incidentalmente em estágio inicial, alguns pacientes podem apresentar doença localmente avançada ou metastática. Dado a importância da ressecção cirúrgica para o longo prazo prognóstico de pacientes com PNETs, o desenvolvimento de protocolos de terapia neoadjuvante que podem efetivamente reduzir o estágio de tumores localmente avançados para ressecabilidade e/ou selecionar pacientes apropriados com doença metastática para uma abordagem cirúrgica agressiva são necessários. Apesar do surgimento de inúmeras terapias sistêmicas para pacientes com doença metastática poucos estudos foram realizados sobre neoadjuvantes como estratégias terapêutica. Squires et al. retrospectivamente relataram 30 pacientes de duas instituições que receberam capecitabina/temozolomida antes da pancreatectomia com ou sem citorredução hepática e relataram uma taxa de resposta radiográfica e taxa de doença estável de 43% e 54% respectivamente, com 87% dos pacientes seguindo para cirurgia. PNET ressecável ou potencialmente ressecável que recebeu terapia pré-operatória com radionuclídeos receptores peptídicos (PRRT) antes da pancreatectomia, demonstrando resultados aceitáveis a curto e longo prazo. Estudos futuros podem se concentrar em estratégias combinadas utilizando PRRT com quimioterapia sistêmica para otimizar a resposta e os resultados.

Embora PNETs bem diferenciados sejam frequentemente considerados indolente, as taxas de recorrência após a ressecção cirúrgica permanecem altas. Na verdade, as taxas de recorrência após a ressecção de PNETs positivos para linfonodos aproximam-se de 40-50%,84 enquanto as taxas de recorrência após a ressecção de metástases hepáticas neuroendócrinas variam de 50 a 95%. Isso é importante porque a recorrência do tumor é um dos únicos fatores indeterminados. -pendentemente associada à mortalidade específica da doença entre pacientes com NF-PNETs, e talvez a única que é potencialmente modificável. No entanto, nenhuma estratégia de terapia adjuvante eficaz foi desenvolvida até o momento. A maioria dos estudos retrospectivos que avaliam o papel da terapia adjuvante, seja quimioterapia ou análogos da somatostatina, encontraram paradoxalmente uma diminuição da sobrevida livre de recorrência entre os pacientes que recebem terapia adjuvante, provavelmente refletindo o viés de seleção nesses desenhos de estudo. Alguns sugeriram um papel para quimiorradiação adjuvante em pacientes com margens de ressecção positivas. Um único estudo prospectivo publicado sobre o uso de 5- fluorouracil e estreptozocina adjuvantes após ressecção de metástases hepáticas de TNEs gastroenteropancreáticos não encontrou diferença na sobrevida livre de recorrência ou global em comparação com uma observação grupo controle. Esses dados limitados destacam a necessidade de evidências adicionais antes que a terapia adjuvante possa ser recomendada rotineiramente após a ressecção de PNETs.

O tratamento cirúrgico dos PNETs continua a evoluir à medida que melhora a nossa compreensão desta neoplasia única e heterogênea. A ressecção cirúrgica, via pancreatectomia formal e linfadenectomia, continua sendo o tratamento padrão para a maioria dos NF-PNETs e FPNETs. No entanto, abordagens de preservação do pâncreas sem linfadenectomia formal são aceitáveis para tumores menores com baixo risco de metástases linfonodais. Além disso, a observação de PNETs pequenos, assintomáticos e de baixo grau é uma estratégia inicial segura e geralmente recomendada para PNETs \ 1 cm.

À medida que os avanços nas opções de terapia sistêmica e regional continuam a ocorrer, a melhoria das estratégias de tratamento neoadjuvante e adjuvante pode permitir que os benefícios da ressecção cirúrgica sejam fornecidos a pacientes com tumores avançados tratados com terapia multimodal.

Fonte: Ann Surg Oncol (2021) 28:1039–1049
https://doi.org/10.1245/s10434-020-09133-x
The Landmark Series: Pancreatic Neuroendocrine Tumors
Jordan M. Cloyd, MD1 , and George A. Poultsides, MD, MS2
1Department of Surgery, The Ohio State University Wexner Medical Center, Columbus, OH; 2Department of Surgery,
Stanford University, Stanford, CA.